quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Transtornos alimentares













(cada vez mais frequente no cotidiano)

Os distúrbios alimentares podem progredir até a inanição e levar o paciente à óbito
Nos últimos anos, a bulimia nervosa e a anorexia nervosa vem aumentando significantemente, essas doenças são transtornos alimentares frequentemente crônicos. Tais distúrbios ocorrem com homens e mulheres de todas as idades, sendo a sua maioria vítimas do sexo feminino. A anorexia é uma doença que leva o indivíduo a ter uma fixação obsessiva por emagrecer, levando o paciente a ter uma excessiva perda de peso, ele não se percebe magro, existe uma distorção em função de seu psicológico abalado, o anorético segue uma dieta auto imposta, a base de refeições literalmente restritas, privando o seu físico dos alimentos necessários e assim causando diversos problemas de saúde devido a desnutrição. A bulimia é mais freqüente que a anorexia. O comportamento dos pacientes se resume em culpa por comer demais, assim eles tentam resolver o problema induzindo o vômito antes que o alimento ingerido seja digerido pelo organismo. Esse transtorno também está relacionado ao psicológico do indivíduo e suas complicações são percebidas fisicamente.Em entrevista com a nutricionista votuporanguense Érica Chiquetto, ela nos esclarece algumas dúvidas sobre o assunto.
Revista Soma: Quais os distúrbios alimentares mais comuns? Atingem qual faixa etária em principal?
E. C.: A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são distúrbios alimentares cujo incidência se tornou comum nos últimos anos. Apesar destas anormalidades serem vistas principalmente em mulheres, particularmente entre as meninas adolescentes, estão se tornando mais comuns nos homens e nas mulheres em outras idades.
Revista Soma: Quais os pacientes mais comuns?
E. C.: Estes adolescentes que tipicamente desenvolvem distúrbios alimentares são aqueles cuja profissão exige magreza, como por exemplo, atores, dançarinos ou modelos.
Revista Soma: Quais os hábitos desses pacientes?
E.C.: Os pacientes anoréticos desenvolvem inicialmente hábitos alimentares bizarros e se recusam a comer. Essas pessoas eventualmente perdem de 25% a 35% do peso corpóreo.. Normalmente se exercitam vigorosamente e podem abusar dos laxantes ou diuréticos e vômitos voluntariamente.
Revista Soma: O que esses distúrbios provocam nos anoréticos?
E. C.: Sem intervenção, o distúrbio pode progredir até a inanição e levar o paciente à óbito. Os anoréticos tem um medo anormal de serem gordos, tendo sua imagem distorcida quando se olham no espelho.
Revista Soma: E nos bulímicos?
E. C.: Os bulímicos tentam restringir a ingestão de alimentos de uma maneira que leve aos estímulos físicos e psicológicos para empanturrar a si mesmos. O alimento é expelido por vômito ou laxantes.
Revista Soma: O que os distúrbios provocam fisicamente nos pacientes?
E. C.: As complicações físicas incluem danos aos dentes, irritação da garganta, inflamação esofágica, lábios rachados e machucados e vasos sanguíneos rompidos na face. O uso excessivo de laxantes pode levar ao sangramentos retal.
Revista Soma: Quais as características de um paciente bulímico?
E. C: Os bulímicos estão mais próximos do peso normal, mas tem medo de ganhar peso. Uma das características psicológicas principais é a culpa sobre a alimentação em excesso e vômito que ocorre em segredo, mesmo quando suas vidas podem parecer ser ideais para aqueles ao seu redor..
Revista Soma: O que leva a esse compotamento?
E.C.:Os individúos bulímicos comem compulsivamente para escapar de problemas dolorosos e então, temendo ganhar peso, e com vergonha de seu comportamento fora de controle, tentam remover o alimento de seus organismos antes que sejam absorvidos.
Revista Soma: Em que consiste o tratamento para disturbios alimentares?
E. C: O tratamento para estes distúrbios incluem componentes psicoterapêuticos, nutricionais e médicos. O cuidado nutricional consiste em ajudar o paciente com o disturbio alimentar a mudar a mudar suas idéias a respeito dos alimentos.
Os tratamentos, segundo a nutricionista Érica, podem ser feitos apenas em um ritmo que seja aceito pelo paciente, do que depende em grande parte o sucesso da psicoterapia. As refeições líquidas altamente nutritivas podem ser dadas se o paciente não consumir alimentos sólidos. A dieta deve conter alimentos aceitáveis pelo paciente e deve ser em quantidades moderadas de proteínas, carboidratos e gorduras.

(Renata Soares)

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