segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Brasil terá, até 2010, vacina contra a dengue

Rafael Ianes

Um dos maiores problemas de saúde pública das últimas décadas ganhou uma injeção de esperança. Trata-se de uma nova picada! Dessa vez, contra a dengue.
O projeto para o desenvolvimento da vacina no Brasil está sendo engajado pelo Instituto Butantan em parceria com o NIH (National Institute of Health – EUA) e estima-se que até 2010 o produto estará disponível à população.
De acordo com o Butantan serão investidos cerca de R$ 20 milhões para que a vacina faça parte do calendário de vacinação do brasileiro. As negociações para a produção no país começaram há três anos. Somente para a construção do laboratório serão liberados inicialmente R$ 5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e R$ 2 milhões da Fapesp, em parceria com o Ministério da Saúde.
O estudo vem sendo feito em parceria com a fundação norte-americana Pedriatic Dengue Vaccine Initiave. A versão experimental foi testada este ano num grupo de americanos e em macacos Rhesus que não possuiam dengue. Ambos apresentaram resposta imunológica eficaz que poderá resultar numa vacina eficiente no combate à doença. Testes clinicos complementares serão feitos no Brasil pelo Instituto Butantam para constatar se a vacina é segura e eficiente contra a dengue.
"Nossa intenção é vender a vacina barata para que o governo dê para todo mundo de graça. É importante ressaltar que nossa vacina será preventiva e tetravalente, protegendo contra quatro tipos de vírus da dengue circulantes no mundo", explicou o Dr. Isaías Raw, presidente da Fundação Butantan.
O instituto paulista é o centro de pesquisa mais avançado nos estudos de imunização contra a dengue. Os avanços se devem ao fato de a tecnologia envolvida na produção dessa vacina ser semelhante à aplicada nos casos de raiva e rotavírus, produzidas em larga escala pelo Instituto Butantan.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Os incompreendidos DDAs


Bom, como um representante da comunidade DDA e seguindo as características que fazem parte de nossa cultura, por assim dizer, eu, com muito tempo de atrso, venho aqui para atualizar o blog e mostrar um pouco do que é o DDA.


Distúrbio de déficit de atenção, é um funcionamento acelerado e constante do cérebro humano que acontece em 6% da população. Com essa aceleração, os DDAs têm características peculiares, que é a desatenção, o esquecimento, a viagem mental, a desorganização, seus sentimentos são mais intensos e às vezes, se não compreendidos podem se tornar até depressivos e dependentes químicos.


Outra característica interessante dessa galera é a alta criatividade. Pelo fato de o cérebro nunca parar de pensar, eles fantasiam e conseguem obter idéias, às vezes geniais, às vezes apenas criativas.


Quando crianças os DDAs se destacam por duas características paradoxais que mudam dependendo da pessoa. Não param quietos nenhum minuto ou ficam olhando pela janela, viajando... viajando...


Ah...

O carinha da foto aí, o tal do Einstein tb foi um DDA...


seguem alguns links para a galera conferir, comprreender e ter mais paciência com os DDAs:






Faça um teste:



Sinta como é o dia-a-dia de um DDA:


sexta-feira, 3 de outubro de 2008

PESQUISA SOBRE INTERNET VIA ENERGIA ELÉTRICA

Artigo

INTERNET via rede elétrica?

(Digital PowerLine)
Marçal dos Santos

Graduado em Ciência da Computação, Unicamp, 81 Gerente de Desenvolvimento Tecnológico, Centro de Computação, Unicamp santosmd@lucent.com


Será possível esta maravilha ? Pelo mesmo fio que alimenta meu computador, vou ligar algum dispositivo e por ai também virão os bits da Internet, ou de uma Intranet de uma empresa, escola ? EXATAMENTE.
A tecnologia
Esta inovação já está em testes em alguns países, principalmente na Inglaterra (North West) na empresa NORWEB Communications (uma união da Northern Telecom -NORTEL- e United Utilities Company). Digital PowerLine é uma solução fim-a-fim completa, coloca um serviço Internet/Intranet de uma sub-estação de eletricidade até a casa do usuário ou seu escritório. Na prática ela transforma as baixas voltagens da infra-estrutura de um segmento de eletricidade existente em uma intranet, e assim o cliente é atendido por uma LAN em sua casa ou escritório. O melhor da tecnologia: Ela prove uma conexão permanente com o usuário, ou seja 24 Horas (como a energia elétrica), a uma velocidade de 1 Mbps.
Esta tecnologia foi anunciada a aproximadamente um ano, e desde esta data conta com mais de 70 usuários conectados fazendo testes. A NORWEB anunciou que está pronta para ligar mais 1500 pontos e, para isso conta com seis subestações elétricas já prontas, powerline ready.
A tecnologia é muito nova e ainda se tem uma projeção de ficar em testes e trials com usuários por mais algum tempo, isto na área de operação da NORWEB na Inglaterra, mas em outras áreas não se sabe exatamente os planos de cada companhia de eletricidade. Sendo assim, a implementação desse recurso depende muito das empresas e de seus planos de implementação para cada região. Os diretores da NORWEB já arriscam dizer que a tecnologia está pronta para o grande mercado que vai ser tão comum como é hoje uma linha telefônica para se ligar na Internet. Sendo uma conexão de 1 Mbps, inicialmente será uma grande alternativa para usuários domésticos ou pequenos negócios. Os grandes negócios atualmente estão com necessidades de maior velocidade, optando por alternativas como fibra-óptica, satélite, rádio, enfim, opções que são mais adequadas.
Os custos deste tipo de conexão ainda estão indefinidos, mas certamente no mercado altamente competitivo, não poderá ser mais caro que alternativas de mesma velocidade e eficiência (CATV, Rádio, Satélite).
O tipo de equipamento necessário, além do PC, MAC ou outro, em casa/escritório é uma caixa pequena ligada junto a corrente elétrica e outra maior próxima a seu computador. As caixas são ligadas através de um cabo coxial. O computador é ligado à caixa maior através de uma interface ethernet. A velocidade nominal da tecnologia é de 1 Mbps, porém em momentos de pico de carga, pode ser inferior a isso, mas nunca foi observada uma performance menor que ISDN, por exemplo. Esta questão de velocidade atualmente na Internet é muito relativa. Muito da performance dela está ligada a outros fatores, que não a última milha, ou seja o tráfego em diversos backbones é que dita a performance da rede. Em relação a Cable Modems, a velocidade é inferior, pois estes estão na ordem de 10 a 50 Mbps (downstream).
Regulamentação/Padrões
A tecnologia como já dissemos proverá velocidades da ordem de 1 Mbps, portanto um espectro de 0 a 1MHz são necessários (assumindo 1 Hz para 1bit). Se vamos utilizar este espectro, e uma infra-estrutura de fio metálico existente, então necessitamos de um espectro de rádio, mas para a segurança temos que gerenciar também a harmonia necessária entre todas novas tecnologias em cabos (DPL, ADSL, HDSL, VDSL, XDSL).
Nas divisões existentes, temos a faixa de 3 a 148.5 KHz, que não dá pra acomodar serviços de alta velocidade. A faixa de 150 KHz até 2.2 MHz é utilizada para serviços de estações de rádio de ondas longas e médias. Resta então as frequências mais altas, acima de 2.2 MHz até 10 MHz.
Para a harmonia do espectro a ser usado por DPL é necessário considerar os serviços de banda de rádio de 2.2 a 10 MHz, transmissões de rádio em ondas curtas, rádio amador, serviços governamentais, marítimos, aeronáuticos e militares de comunicação (uso civil em áreas urbanas). DPL foi desenhado para utilizar o mínimo de energia destas freqüências. O nível de entrada de energia é de 05. MilliWatts em 10 KHz. Em termos de freqüência atualmente a NORWEB usa 2 MHz desta banda entre 2.2 e 10 MHz. A alocação de freqüências de rádio são regulamentadas pela ITU (International Telecommunications Union), como DPL foi desenvolvida na Inglaterra a RA (Radiocommunications Agency) orgão que regulamenta o uso civil naquele país, trabalha junto com a NORWEB para harmonizar serviços DPL com outras licenças

Pesquisa realizada pelos alunos Arinaldo Costa e Cristiane Vieira

Jornalismo impresso X Jornalismo on-line

Flávia Villa Rosa

O impresso é a forma mais antiga de Jornalismo e o ciberjornalismo, a mais atual. Como unir extremos paralelos? Ou melhor, como transformar uma linguagem em outra? Ou quem sabe, como manter os dois, sem as rivalidades impostas pelo povo e a mídia? Conceitos, estruturas e formatações particulares constroem suas peculiaridades e podem corroborar nas respostas desses questionamentos.
Pode-se comparar o Jornalismo que rege as duas áreas a uma partida de futebol. De um lado, o jornalismo impresso, do outro o on-line. Cada um com suas características, jogadas e articulações. Os dois se cruzam, se chocam e completam a partida.
Um é mais instantâneo, veloz e heterogêneo. Já o outro, é mais tradicional, compenetrado, sólido e para muitos, mais confiável.
O jogador de um time pode, no futuro, integrar a outra equipe, ou talvez, possa ter o feito, no passado. Eles não são fiéis a um só; são dinâmicos e variam suas posições, de acordo com a necessidade do mercado, com suas próprias vontades ou de terceiros.
A torcida fica só na expectativa. É sempre uma surpresa atrás da outra, não dá pra se prever qual será a próxima jogada, para quem vão passar a bola e se o goleiro vai defender.
O Jornalismo funciona como esse jogo. O impresso e o on-line com suas características próprias, criados em épocas distintas e com profissionais diferentes, que ora estão em um time, ora partem para o outro e voltam ou não.
O público aguarda as notícias, também torce, chora, ri, vibra e se entristece. As emoções estão presentes e se evidenciam entre uma jogada e outra. A ele resta esperar que seu time cumpra um papel ético, que jogue de maneira correta, que não passe por cima de ninguém a fim de atingir seus objetivos. Uma bela partida é sempre gostosa de ver.
E o gol? Está no trabalho bem feito e no conteúdo das matérias. A torcida comemora com as vitórias que o país consegue, com a redução da inflação, com a estabilidade da economia e/ou simplesmente, com um ato solidário que um cidadão anônimo praticou. E quem faz essa mediação é o jornalista. A divulgação de um material que poderá contribuir com a melhora da vida daqueles por quem se trabalha é o verdadeiro prêmio.
Ah! Ainda tem o juiz... Como em toda profissão, regras devem ser seguidas. No caso do Jornalismo, os jornalistas devem estar atentos ao Código de ética que norteia seu ofício. É ele quem define quando um jogador comete uma falta.
A diferença da partida, é que eles não jogam um contra o outro e não há equipe vencedora. Embora, há os que acreditem que essa rivalidade aconteça e que com a aparição do digital, o impresso desaparecerá, eles jogam com o mesmo intuito, com a mesma responsabilidade social e com o mesmo comprometimento para com a comunidade. O ser jornalista está no profissional e não na área em que atua.
Transpor uma linguagem para outra? Talvez nem seja necessário. Com a agilidade, o wejornalismo consegue postar seus conteúdos com mais rapidez, portanto pode ser que essa transposição do impresso para o on-line aconteça ao contrário. Caso seja, o processo de transcodificação está na apuração e na contextualização, já que o jornal de papel é, muitas vezes, ainda é bem visto e associado à credibilidade.
É de fato uma tarefa difícil definir quais as transformações que realmente ocorrem e como ocorrem. Se é de um pra outro? Do outro pra um? Ou de um pra nenhum? Respeitar as peculiaridades, saber delimitar o espaço e não ultrapassar a linha limite que separa os dois pode ser uma boa pedida. Enfim, o que seria do verde se todos gostassem do amarelo.

Técnica utiliza seringueira para recuperar área de reserva legal


A reserva legal, porcentagem do imóvel rural destinada à conservação da biodiversidade, tem se caracterizado como um entrave jurídico e econômico. Os proprietários apresentam muita resistência para averbar suas reservas, uma vez que estariam “abdicando” de uma parcela produtiva de suas propriedades
Para solucionar esta questão, pensou-se na possibilidade de transformar a reserva legal em uma área produtiva, sem prejudicar o desenvolvimento e manutenção da biodiversidade, resguardando o produtor rural do pagamento de multas. Esta solução consiste num consórcio entre Seringueiras e Árvores Nativas.
A Seringueira assume o papel de planta pioneira, fornecendo a zona de sombreamento necessária para que as árvores nativas se desenvolvam mais rapidamente. As mudas nativas são fornecidas gratuitamente e, assim, é possível conciliar o sonho da conservação ambiental com a geração de renda, por meio da exploração do látex da seringueira. Esta proposta já foi aprovada pelo Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais – DEPRN, aplicada em duas áreas do estado de São Paulo e aguarda aprovação no estado de Minas Gerais
A área de reserva legal é exigida por lei em qualquer propriedade rural. A cultura das plantas nativas com outras espécies permite ao proprietário aliar produtividade a este espaço, sem que a manutenção da biodiversidade seja prejudicada.
O consórcio entre seringueiras e árvores nativas proporciona à reserva legal ser produtiva e rentável, protegendo o meio ambiente e regularizando o empreendimento.
Quando a sustentabilidade entra em jogo, o planeta agradece e o produtor também ganha.

Crescimento garantido: sustentabilidade proporciona desenvolvimento econômico com responsabilidade sócio-ambiental

Sustentabilidade pode ser alcançada através da consultoria ambiental. Além do desenvolvimento da empresa, responsabilidade sócio-ambiental também ganha espaço nas organizações.

Por Caio Serrinoli

Buscar o crescimento econômico visando o desenvolvimento social e a preservação do meio ambiente são os fatores principais da sustentabilidade. Cada vez mais empresas ligadas aos setores de produção e serviços se preocupam com esse “ponto de equilíbrio”, mas não sabem como fazer para alcançá-lo.
Com o objetivo de proporcionar esse equilíbrio desejado, empresas da área de consultoria ambiental desenvolvem sistemas de gestão para empreendimentos rurais e industriais. Através de um estudo detalhado sobre os processos de produção de um empreendimento, um projeto é elaborado contendo as mudanças que deverão ser colocadas em prática em todo o processo de adaptação às novas “regras”.
“Cada empreendimento tem sua particularidade, por isso, procuramos sempre adapta-lo às normas vigentes e desenvolvê-lo de forma sustentável através do sistema de gestão”, afirma Pâmela Pádua, engenheira agrônoma e proprietária da Florente Consultoria Ambiental, empresa localizada na cidade de Iturama, Minas Gerais, e que atua na área de consultoria. Ela ressalta ainda que é necessário conectar o empreendimento ao município em que está localizado. “Nós fazemos uma “corrente” onde todos crescem e, desta forma, ampliamos a consciência de dentro para fora, possibilitando assim, o aumento de sua área de influência”.
O sistema de gestão é a reorganização dos processos de produção para que a utilização dos recursos naturais se torne sustentável. Um dos principais objetivos é a melhoria contínua do empreendimento.
Em cada sistema de gestão existem atividades específicas, porém, algumas podem ser consideradas “pontos básicos”, como por exemplo, a coleta seletiva, a conscientização de funcionários, preservação e recuperação de APP (Área de Preservação Permanente), controle de efluentes, utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual), armazenamento, manuseio e destinação de defensivos agrícolas e reaproveitamento de resíduos.
Este último item, além de contribuir para a preservação do meio ambiente pode se transformar em fonte de renda para o empreendedor, já que o resíduo de uma empresa pode se tornar matéria-prima para outra. “É uma oportunidade que a empresa tem de obter um rendimento extra e ainda preservar o ambiente. Porém, algumas empresas apenas doam os resíduos. Elas não obtém lucro, mas fortalecem sua imagem no mercado”, afirmou Elise Magalhães Sousa Pádua, engenheira agrônoma e também proprietária da Florente.
Entre os empreendimentos que possuem um sistema de gestão desenvolvido pela Florente estão a Cabrera Central Energética; Fazenda Canaã; Kanzo Comércio e Indústria de Confecções LTDA; Agência Futura Comunicação e o Grupo Polifer, que trabalha com o cultivo da seringueira. A diversidade das áreas de atuação mostra que cada vez mais organizações estão investindo num sistema de gestão ambiental preocupados em preservar o meio ambiente e otimizar a sua produção.
A consultoria possibilita ao empreendedor reorganizar todo o processo de produção de sua empresa, de forma que o meio ambiente seja preservado e a sua produção tenha um rendimento maior através do uso correto de matérias primas e reaproveitamento de resíduos, que antes eram jogados fora.
Fica claro que o investimento em consultoria ambiental proporciona economia e rendimentos para o empreendedor, além de fortalecer a sua marca no mercado consumidor.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

tabagismo: Mulheres - Vanessa Costalonga

A mulher contemporânea assumiu um papel importante na sociedade. Além de se igualar ao homem nos ambientes profissionais, conquistando cargos de alta importância e se tornando a chefe da família, ela é também mãe, dona-de-casa e esposa. Atividades estressantes, que a levam ao vício.
E.R.M, 43, mãe de dois filhos, um de 10 e o outro de 18 anos e divorciada começou a fumar aos 14 anos na escola porque achava ”moderninho” e “bonito”. Quando grávida, ficou cinco anos longe do cigarro, mas voltou devido ao stress do dia-a-dia. Segundo E., ela encontra no cigarro alto afirmação e refúgio.
Com a soma desses fatores, a mulher está morrendo mais de câncer de pulmão e doenças coronárias. Isto acontece porque elas vêm herdando dos homens, junto com as responsabilidades do cotidiano, as doenças que antes predominavam neles. Câncer de pulmão, de boca e de estômago, catarata, doenças de pele como psoríase e rugas são alguns dos males, afirma o especialista em cirurgia torácica e pesquisador João Paulo Pedroso.
De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o aumento do câncer de pulmão feminino é preocupante e pode estar relacionado ao consumo do fumo. Desde 2002 esse tipo de câncer passou a ser a segunda doença que mais mata mulheres no país; a primeira é o câncer de mama.
Atitudes individuais e coletivas como: prevenir e educar quanto ao uso do tabaco; avisar sobre os males causados; oferecer ajuda para a cessação; aplicar proibições de publicidade e patrocínio; e elevar a tributação sobre o fumo são alternativas para solucionar ou amenizar os prejuízos causados pelo cigarro.

Tabagismo: a principal causa de morte evitável no mundo

O cigarro mata mais que acidentes de trânsito, cocaína, Aids, álcool e suicídios. Em 2008, foram mais de três milhões de mortes em todo o mundo. A estimativa é que esse número chegue a dez milhões até o ano de 2020, sendo que de cada 10 óbitos, sete ocorrerão nos países em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nesses países, como é o caso do Brasil, ocorre uma morte a cada oito segundos. Em meio a tantos índices elevados, o tabaco se tornou a principal causa de óbito evitável no mundo e tem, atualmente, o Brasil como o maior país exportador e o 4º produtor.
A OMS calcula que um terço da população mundial adulta, isto é, um bilhão e 200 milhões de pessoas (200 milhões de mulheres), fumem. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres são vítimas do tabaco.
No Brasil, a doença atinge 29,3% da população e é na região Sul sua maior concentração: 42% dos gaúchos, paranaenses e catarinenses são fumantes.
As crianças e os jovens somam grande parcela de adeptos. Cerca de 2,8 milhões de brasileiros entre cinco e dezenove anos fumam, mas a principal faixa etária é dos vinte aos quarenta e nove anos.
A fácil acessibilidade econômica é um fator que agrava a situação no Brasil e em países semelhantes. O preço do cigarro é mais baixo que alimentos. Enquanto o maço custa R$ 2,00, um quilo de arroz ou feijão é, em média, R$ 3,40.
Entre as doenças provenientes do tabagismo, estão: acidente vascular cerebral, Isquêmico/Hemorrágico, causa de 25% das mortes; e infarto agudo do miocárdio, que vitima 45% dos brasileiros. Os cânceres também estão no topo da lista. Dos existentes, aproximadamente 30% estão relacionados ao tabaco.

As Uvas Rústicas

Elen Valeretto

As uvas rústicas diferem da Uva Fina por ter sua produção concentrada em regiões próximas a capital paulista. Principalmente na região agrícola de Campinas, com municípios como Louveira, Jundiaí, Indaiatuba e Vinhedo e o município de Porto Feliz na região de Sorocaba. Existem alguns novos pólos na região de Jales e no Paraná, porém menores.
Outra característica marcante das Uvas Rústicas é uma sazonalidade muito mais marcante que a das finas. A classificação da uva Niágara é dada pela “palitagem” das caixas de madeira. São o número de pequenas ripas ou palitos colocados entre a caixa e sua tampa que teoricamente dão a classificação e a qualidade.
Os critérios que valorizam a uva são a cor, tamanho do cacho, presença de Pruína (cera), compactação e doçura. O número de palitos constitui uma classificação nada confiável, então o que acaba determinando o preço é o exame visual da mercadoria.
Alguns produtores possuem um alto reconhecimento e confiança e sua uva é sempre vendida primeira e com uma remuneração melhor, facilmente passando de 50% de ágio sobre o preço médio, mesmo que o mercado esteja saturado. A consignação é o sistema predominante, bem mais do que na Uva Fina.
A uva Isabel, principalmente a produzida no Rio Grande do Sul, é levada em quantidades até razoáveis para São Paulo, onde em fevereiro a março, quando quase não há Niágara no mercado. A uva Niágara criou uma imagem de uma fruta de fim de ano. E de fato a maioria dos produtores faz a poda para uma produção no fim do ano os maiores preços são atingidos em setembro e outubro.
Produtores da Região Noroeste de São Paulo colocam pequenas quantidades no mercado esta época. Esta uva apesar de deficiente em compactação, por causa do clima da região, consegue atingir preços de atacado.
Principais fatores na formação do valor de uma uva:
• Alto teor de açúcar (teor de sólidos solúveis acima de 140Brix).
• Cor e turgidez do engaço.
• Tamanho do cacho, os médios, entre 400 e 800 g são mais valorizados.
• Tamanho das bagas (para o grupo da Itália o ideal é por volta de 24 a 26 mm de diâmetro).
• Uma boa embalagem, a preferência tem passado rapidamente para o papelão ondulado. As caixas abertas começam a crescer no mercado. Se bem que alguns mercados ainda preferem a madeira.
• Sacolas são valorizadas
• Coloração nos casos das uvas de cor.
• E por último a marca ou o bom nome do produtor.
Comercialização
Da mesma forma que botanicamente, comercialmente as uvas para consumo “in natura” podem ser divididas em dois grandes grupos, as Uvas Rústicas (Vitis labrusca), cujas representantes mais famosas são a Isabel e a Niágara, variedades altamente sazonais.
As Uvas Finas (Vitis vinifera), disponíveis em grande quantidade o ano todo no mercado, com um pico maior no fim do ano. Graças à alternância de regiões produtoras com características climáticas distintas. As variedades mais conhecidas de Uvas Finas são a Itália e suas mutações (Rubi, Benitaka e Brasil), e nos últimos anos várias tentativas de introdução novas cultivares, com destaque para a Red Globe e várias outras sem semente, porém em volume, ainda muito inferior à Itália e mutações.

A venda direta para as grandes cadeias de supermercados já ocorre com certa freqüência, ela se torna possível quando há grandes produtores, caso do Vale do São Francisco ou Cooperativas como a de Jales/SP que conseguem reunir os grandes volumes necessários a estas redes.
Porém como a produção é pulverizada, com muitos pequenos produtores e alternância de região, os atacadistas, que são os agentes que agregam toda esta produção dispersa no tempo e no espaço são responsáveis por boa fatia do abastecimento das grandes redes.
Estrutura
A Embrapa Uva e Vinho conta com quatro bases físicas, com uma área total de 320 hectares. A Sede em Bento Gonçalves (RS) está localizada na principal região produtora de vinhos do Brasil, onde são desenvolvidas ações com vitivinicultura de clima temperado e onde está situada a maior parte dos laboratórios e demais estruturas de suporte à pesquisa.
Além da Sede, a Unidade é composta pela Estação Experimental de Fruticultura Temperada, localizada em Vacaria (RS), um dos principais pólos produtores de maçã no Brasil, pela Estação Experimental de Viticultura Tropical (Jales - SP), voltada ao desenvolvimento de tecnologias para viticultura tropical, e pelo Campo Experimental da Garibaldina (Garibaldi - RS), destinado à produção de material vegetativo livre de vírus e experimentos em viticultura e fruticultura de clima temperado.

Programa da CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo): O sabor da uva depende do ponto de colheita, que determina a doçura da fruta, tanto as climatéricas – que continuam a amadurecer após colhida –, quanto as frutas não-climatéricas. Para garantir um produto saboroso ao consumidor, os produtores devem colher o fruto maduro e ter muitos cuidados no pós-colheita.
Entretanto, a maioria dos produtores colhe o produto antes do ponto ideal de sabor, por facilidade de conservação e para aproveitar picos de preço. Com isto, uma concorrência muito desleal se estabeleceu entre o produto imaturo (ácido) e o produto colhido doce. E as frutas não-climatéricas, como a uva, estão perdendo mercado porque o consumidor não confia no produto.
O Programa Garantia de Doçura CEAGESP foi criado para apoiar os produtores e os atacadistas que querem garantir ao consumidor a doçura da fruta. A uva fina dos produtores de Jales é o primeiro produto do Programa Garantia de Doçura. É resultado de uma parceria entre a CEAGESP, a Prefeitura Municipal de Jales e os produtores de uva da Região de Jales.
O controle da doçura é feito na origem e monitorado, no mercado, pelos técnicos da CEAGESP.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

TEMPOS DIGITAIS

Estamos próximos do dia em que a primeira palavra que uma criança vai dizer é: digital. Ficou para trás, no tempo de nossos pais, a expectativa se o filho aprenderia a dizer papai ou mamãe, em primeiro lugar. Não que isso seja bom ou ruim, é apenas sinal dos tempos.

O termo digital aparece no dicionário Aurélio com a seguinte definição, entre outras apresentadas para o verbete: 5.Eletrôn. Diz-se de aparelho ou circuito cujo funcionamento é baseado em microprocessador. Digital é só isso, uma coisa bem simples. A palavra deriva do latim e é relativa aos dedos.

O ato de deixarmos impressos as marcas da pele de nossos dedos em documentos, é chamada de impressão digital e é uma expressão bem antiga, do tempo em que não havia ainda a tal tecnologia digital. O relógio é digital, a foto é digital, o telefone é digital, o filme é digital, até esse meio que você está usando para ler isso é digital.

O que se quer mostrar aqui é que a digitalização não é o fim de nossos problemas. Quando você “baixa” uma música da internet, obviamente ela está no formato digital e você pensa que a qualidade é superior ao vinil que você ainda guarda. Está redondamente enganado. Não se esqueça que a voz humana, a vibração das cordas de um violão e o som produzido pelo couro de um instrumento de percussão, são analógicos. E se essa gravação foi transcrita de um vinil que foi “tocado” pelo menos dez vezes haverá um nível de chiado, peculiar ao desgaste provocado pelo atrito das partes.

Existem meios que tentar eliminar o tal chiado – incômodo para uns, charme que só o vil tem, para outros. Os mecanismos usados para esse fim, chamados de filtro, e também digitais, baseiam-se no seguinte: o chiado é um som, logo, ele possui uma freqüência, portanto é só se descobri qual é essa freqüência, aplica-se o filtro e está pronto. Que bom se fosse assim.

Acontece que os chiados não são iguais, como não são iguais os sons de um violão. E até se confundem. Pense assim: se um ruído que vibrasse em 8.000Hz juntamente com uma nota musical de igual freqüência, recebesse a filtragem, ambos sofreriam uma redução na sua intensidade. O chiado supostamente some, mas a nota também perde a chamada “clareza”, determinada pelas freqüências mais altas.

Uma câmera de vídeo para TV de alta definição, e um celular, com dispositivo para captação de imagens, o fazem através de meios digitais. Porém não se pode, nem de longe, comprar os resultados. Você não suportaria assistir, no conforto de sua sala, diante de sua TV de LCD 42 polegadas a 10 minutos de uma novela que fosse produzida com uma celular de 1 Megapixel. Não é porque a embalagem de um produto ostenta em design ultra moderno a expressão digital, que aquilo vai te trazer o resultado esperado.

Se a foto foi feita num ambiente em que havia deficiência de luz e se o áudio foi captado num ambiente ruidoso, não há nada que a tecnologia (digital) possa fazer. Portanto, antes de usar seu equipamento, leia atentamente as instruções do fabricante, mesmo que parece chato, isso vai te poupar de desilusões.

Não acredite em tudo o que você lê.

Roberto Carlos Ferrari Gallo