terça-feira, 18 de novembro de 2008

CONHEÇA O MUSEU HISTÓRICO MUNICIPAL DE FERNANDÓPOLIS


Quando se fala em museu, a maioria das pessoas logo associa a palavra à grandes prédios, repletos de objetos antigos, das mais diversas épocas e partes do mundo. Poucos são os que se dão conta de que parte da história de sua região, de sua cidade, pode estar guardada logo ali, na esquina, esperando para ser descoberta (ou relembrada, depende da idade e interesse do visitante).
Um exemplo de riqueza histórica que pode ser contemplada de graça, é o Museu Histórico Municipal de Fernandópolis, localizado no Bairro da Brasilândia, fundado em 1982.
O número de visitantes ainda é pequeno, de 1,2 a 1,3 mil pessoas por ano, segundo informações da administração do museu. Na maioria são pessoas saudosistas ou alunos da cidade realizando pesquisas de escola..
O acervo é constituído de peças que foram doadas pela sociedade fernandopolense e de objetos que pertenceram à família do fundador da Brasilândia, Carlos Barozzi. Fernandópolis foi fundada em 1939 por Joaquim Antônio Pereira, originalmente com o nome de Vila Pereira, já Brasilândia nasceu um ano antes, em 1938. Conta-se que pelo fato de ter origem italiana e na época a Itália fazer parte do Eixo contra os aliados na Segunda Guerra Mundial, composto também por Alemanha e Japão, Carlos Barozzi teria tido dificuldades para levar adiante seu plano de elevar a pequena vila à condição de cidade emancipada.
Mobílias e utensílios do cotidiano da época dão uma noção de como se vivia a vida naqueles tempos. Aparelhos elétro-eletrônicos dão uma pequena dimensão de como se deu a evolução tecnológica nesses anos que se passaram. Um belo telefone fabricado por volta dos anos 20 foi instalado nos anos 30 e servia como posto telefônico comunitário. Os interessados em música podem apreciar discos de vinil, um dos primeiros modelos de aparelhos de fita k7, instrumentos antigos, como um acordeom de madeira, pianos e orgãos acústicos e eletrônicos.
Os aficcionados pelo mundo digital podem se espantar ao verem uma peça que pode ser considerado o bisavô dos micros que conhecemos hoje. Trata-se do primeiro micro-computador usado comercialmente na cidade nos anos 80, doado por um tradicional escritório de contabilidade. O detalhe curioso é que os disquetes de armazenamento são maiores que o monitor da máquina e a impressora tem tamanho descomunal.
O museu conta também com um acervo documental raríssimo. Através de escrituras de terras, entre outros, é possível conhecer as primeiras famílias que se instalaram na região, e ter uma noção de como era a distribuição de posses na época.
Muitos objetos expostos, na maioria doados, ainda não estão catalogados ou passaram por um processo de restauração adequado, mas segundo a coordenadora do museu, wânia Carvalho de Freitas, já existe um projeto de revitalização e ampliação pronto, que inclui desde a restauração e catalogação das peças, até a reforma da casa, que pertenceu a Carlos Barozzi e hoje abriga o museu. Ela disse ainda que já participou de cursos e fóruns de arquivo e conservação, para aprimorar os seus conhecimentos e ajudar no que for necessário.
As pessoas que queiram colaborar com o acervo histórico da cidade e região, podem fazer doações de objetos, desde que estes possuam uma história que possa contribuir para um maior entendimento da cultura de nossa gente. O telefone para contato é o 3463-4741.
No estado de São Paulo existem inúmeros museus e “casas de cultura”, inclusive em pequenos municípios do interior. Visitar um desses lugares é resgatar a história e impedir que ela se perca no tempo.


PAULO SIQUEIRA

Um comentário:

Unknown disse...

MORO EM FERNANDOPOLIS E GOSTEI MUITO ME AJUDOU NAS PESQUISAS DA ESCOLA